Em uma das ultimas aulas de português do ano, tivemos a oportunidade de conversar com um membro das brigadas populares e com duas moradores da ocupação contestado. Foi uma experiência super enriquecedora, pois pudemos sair da realidade burguesa, da qual praticamente todos os aluno vivem, para vermos como é o mundo real.
Primeiramente o integrante das brigadas explicou como funciona a ocupação, e as moradoras também falaram sobre isso, nos retratando como é a vida na ocupação e todo o processo até ocupar o contestado, de antes da ocupação, das promessas eleitorais até o que está acontecendo atualmente. Depois de toda uma contextualização de como é a vida na ocupação, foram abertas as perguntas, e a partir daí começou o dialogo entre a turma e eles. Neste momento, ele nos mostrou um dado sobre o “minha casa minha vida” que praticamente não atende as classes mais baixas, pois é focado em quem tem condições de pagar o financiamento, para que as construtoras privadas possam enriquecer cada dia mais.
A ida deles em nossa turma foi muito proveitosa e uma excelente fonte de conteúdos, o unido adendo que podemos fazer é da postura de algumas pessoas da turma que não se comportam adequadamente para um assunto tão serio como tal, desde dormir em aula, conversas e, o pior, não pararem de mexer no celular. Isso acontece porque todos nós usufruímos dos benefícios que a sociedade burguesa nos oferece, fazendo com que uma boa parte dos alunos não liguem para causas sociais tão importantes.
“A ditadura perfeita, pois tem as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor a sua escravidão”-Aldous Huxley.
Sobre o Grupo:
Nós, alunos do 2° ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação, estamos aqui para apresentar e divulgar nossas produções textuais e artisticas realizadas nas aulas de Língua Portuguesa com a professora Rachel neste ano de 2013, como se fosse um portfólio da disciplina num blog. Além de informações, bastante entretenimento. Agora, podem desfrutar das obras-primas.
domingo, 24 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Um amor diferente
Lá
estávamos perdidos e sozinhos. Com fome, frio e machucados. Eu e minha irmã
Rudy caminhávamos perto um do outro para não nos perdermos. Era tudo muito
escuro e assustador, com barulhos que nos faziam estremecer. A cada susto era
um aperto em nossos corações.
Desde
pequeno eu, Thalles, cuidei da minha irmã como se fosse minha vida, ela era a
única coisa que me restava de nossa terrível história de perda.
Quando
ficamos órfãos, morávamos em um orfanato de uma senhora. Certo dia minha irmã
perdeu o juízo, querendo até cometer suicídio, e queria sair de um jeito ou de
outro daquela “prisão”. Ela planejava uma fuga, e como sou seu irmão e a amo
muito, resolvi ajudá-la.
Ela
tinha 15 anos e eu 17. A liberdade nos deu o direito de sonhar. Foi aí que comecei
a perceber “o que é paixão?”, como sentir naturalmente. De uma forma muito
diferente, posso dizer-lhe.
Onde
eu saberia que iria ter um desejo tão louco por uma pessoa que é do meu próprio
sangue, estava ficando maluco, perdendo a noção das coisas. Talvez estivesse alucinado
por um corpo que eu já conhecia, onde eu já sabia como “interpretá-lo” e cuidar
do mesmo.
O
corpo de Rudy possuía muitos arranhões por causa de alguns imprevistos na
floresta (como animais ameaçadores). E a cada dia sangrava mais, colorindo a
sua pele pálida como a luz do luar. Tão clara e fria quanto se possa imaginar.
O sangue parecia desenhar ao escorrer por sua pele. Ao contrário da minha, sempre
tão escura e quente. Ao tocar minha irmã, encontrávamos pequenos choques
térmicos enlouquecedores. Não sabia ao
certo o que ela sentia por mim, se era apenas amor fraterno. Eu só sabia de
apenas uma coisa: queria ela para mim, de qualquer jeito.
Ao
anoitecer, um crepúsculo belo nos mostrava um retrato da paisagem, na qual
admirávamos com os olhos bem atentos. Rudy adormeceu, com apenas uma camisa
toda desgastada e cheia de rasgos, e uma roupa íntima tentadora que exalava a
cor do sangue que saía de seus machucados. Comecei a acariciá-la e beijá-la com
delicadeza para não acordá-la. Acabei dormindo logo em seguida, muito cansado
do longo dia.
Ao
acordar, sentia algo frio a passar pelo meu corpo, me excitava tanta
delicadeza, tentava continuar a dormir para essa sensação não acabar. Quando
olhei pelo canto de meus olhos, enxerguei Rudy me dando um beijo no rosto de
“bom dia”. Por muito pouco, eu não a agarro.
Enquanto
o dia se passava, eu a admirava cada vez mais, não tinha olhos para mais nada.
E assim ela ficava linda, as vezes, eu até tentava conseguir um olhar. Olhos
castanhos, comuns para alguns, mas eu achava uma combinação perfeita. Possuía
também uma cicatriz ao lado do rosto que era disfarçada com seus longos cabelos
negros.
De
noite, a floresta em que estávamos, ficava úmida e obscura. Minha irmã estava a
tomar seu banho no lago, enquanto eu preparava a comida e os itens necessários
para sobrevivência. Quando terminei, percebia demora dela. Fui ver o que teria
acontecido, não quero que nada de mal a aconteça.
Passando
pela trilha, olhei pelo meio da mata, alta e densa. Ufa, ela ainda estava
tomando seu banho. Estava me chamando também, fiquei confuso. Tirei minhas
roupas, uma peça por vez, e entrei na água morna do lago. Ela é linda, era e
estava maravilhosa, e isso me excitava cada vez mais.
Quando
cheguei a ela, meu coração disparou. Segurei-a firme e forte, sem medo do que
esta garota poderia me fazer. Tirei-lhe um longo beijo, o melhor e mais belo de
todos. Percebi algo a me tocar, seriam as pernas dela? Olhando para conferir,
era um animal extremamente estranho e viscoso. Para mim parecia ser mais um
peixe nojento qualquer. Mal sabia eu que estava prestes a perder minha vida por
causa disto: uma jibóia!
Thalles
morto, sua irmã ficou desesperada. Ela sempre sonhou tão alto como nos contos
de fadas, que um beijo pode salvar uma vida, mas estamos no mundo real, coisas
assim acontecem somente por milagres e raramente. A Rudy o beijou intensamente
com muitas esperanças de vê-lo acordar, mas isso não aconteceu.
De: Luiza Estefano e Gustavo Oliveira
terça-feira, 28 de maio de 2013
O leito das folhas verdes - Gonçalves Dias.
Durante a aula de português, foram feitos vários grupos, cada um com seu poema. Nisto deveríamos fazer um vídeo romântico em relação ao poema recebido. Contendo imagens ou filmagens românticas. O grupo de Luiza Estefano e Sofia escolheu este tema: O leito das folhas verde - Gonçalves Dias.
Link do video: http://www.youtube.com/watch?v=cyCwVEELGOw&feature=youtu.be
Link do video: http://www.youtube.com/watch?v=cyCwVEELGOw&feature=youtu.be
(Ocorreu um erro ao colocar o video neste site, por isso este link).
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d'alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazóia na cinta me apertaram.
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazóia na cinta me apertaram.
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Já solta o bogari mais doce aroma
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
Folhetim
Você sabe o que é o folhetim? Este foi um dos assuntos na qual trabalhamos em sala, onde fizemos um trabalho com várias perguntas a respeito. Vamos conhecer melhor sobre?
Tamanho foi o sucesso de leitura entre a população, que as pessoas desfavorecidas socialmente interessaram-se pelo folhetim e seu de leite, o que contribuiu para uma "nova identidade nacional urbana". Sendo que as influências européias - onde nasceu o gênero em questão - chegaram também a este grupo social.
Como o jornal no Brasil surge em meio ao espírito romântico, a crônica desde sua origem ganha um acento lírico em sua composição. Em meio às paixões políticas da época, havia também, no interior dos jornais, o objetivo do entretenimento. Destinava-se à crônica essa função, de modo que fosse possível informar os fatos semanais ao público de forma suave e prazerosa.
BIBLIOGRAFIA
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 900 cursos online
com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34066/definicao-de-folhetim-e-de-folhetinista#ixzz2QGCvDra2
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34066/definicao-de-folhetim-e-de-folhetinista#ixzz2QGCvDra2
domingo, 19 de maio de 2013
RUA DOS OURIVES - RIO DE JANEIRO
Hoje viemos falar um pouco sobre uma rua um tanto famosa do Rio de Janeiro chamada "Rua dos Ourives". Na verdade, um tanto famosa nos romances de José de Alencar, nos quais já comentamos aqui que lemos dois deles ("5 minutos" e "A viuvinha"), pois suas histórias se passam na cidade do Rio de Janeiro, dentre outros contos do autor, que, como já sabemos, vangloriava bastante a cidade e o Brasil.
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Rua dos Ourives |
Como a rua ia desde a Igreja de Nª.Sª. do Parto (no final da Rua São José) até o morro da Conceição, ficou sendo, desde o séc. XVII, o Caminho do Parto para Conceição. Cortava, de modo oblíquo, as ruas perpendiculares ao litoral, quase como uma continuação da rua da Ajuda. Com o passar do tempo, nela começaram a instalar-se as oficinas dos lapidários e joalheiros, sempre olhados com desconfiança pelas autoridades, por suspeitarem da existência, entre eles, de receptadores do ouro sonegado à vigilância do Fisco nas Minas Gerais. Houve tempo em que foi proibida a profissão de ourives de obras de ouro. Somente depois da chegada de D.João foi a profissão exercida às claras.
Quando da abertura da Av. Central (hoje Rio Branco), foi ela dividida em dois pedaços que ficaram bastante distanciados um do outro. Ao pedaço menor, entre a São José e a Sete de Setembro, foi dado o nome de Rodrigo Silva, permanecendo o trecho maior, entre a Rua do Ouvidor e o Largo de Santa Rita, com a designação de Rua dos Ourives até que, em 1936, teve seu nome alterado para Miguel Couto por nela ter tido consultório o conceituado médico.
Rua Miguel Couto (antiga Rua dos Ourives) |
"Carlos dobrou a Rua dos Ourives e dirigiu-se á casa. Morava em um pequeno sótão de segundo andar no fim da Rua da Misericórdia." Trecho de "A viuvinha".
FONTE: Disponível em: http://rio-curioso.blogspot.com.br/2008/04/c-omo-ia-desde-igreja-de-n.html
segunda-feira, 6 de maio de 2013
José de Alencar e o Romantismo
José Martiniano de Alencar Júnior foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro. Iniciou sua carreira literária em 1856, com a publicação do romance "Cinco Minutos", em folhetins. A publicação de "O guarani" rendeu ao romancista grande sucesso e tornou seu nome nacionalmente conhecido. Nascido no dia 1° de maio de 1829, na pequena cidade de Mecejana, no Ceará, passou a maior parte da adolescência na Bahia, formando-se em Direito e atuando como jornalista no Rio de Janeiro.
A característica principal desse escritor é o nacionalismo fundado em suas obras, nas quais evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileira, com tramas especialmente bem -sucedidas, cheios de de mitos brasileiros, lendas, tradições, costumes do país entre outros.
Famoso a ponto de ser aclamado por Machado de Assis de "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos, em 1877, no Rio de Janeiro, deixando seis filhos. Um deles, Mário de Alencar, seguiu a carreira de letras do pai.
Nos romances urbanos de José de Alencar, podemos citar "Cincos Minutos" e "A viuvinha", romances nos quais nossa turma está lendo nas aulas de Língua Portuguesa, por estarmos estudando o Romantismo. Começamos a ler o livro (que contem os dois romances) em sala e terminamos em casa para fazermos uma avaliação sobre ele.
Por fim, a postagem de hoje foi basicamente uma breve biografia do autor dos dois romances que lemos, no qual contribuiu muito na formação do Romance Brasileiro, na própria literatura do país e na história dele como um todo, não só com seus romances, mas também com peças teatrais, uma crônica e críticas e polêmicas que sempre lutavam pela manutenção do regime monárquico e da escravatura. Um homem bem estudado que, com suas obras, podemos compreender o que é o verdadeiro romance brasileiro.

Fonte: DE ALENCAR, José. Cinco Minutos e A viuvinha. São Paulo: Editora Escala.
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/josedealencar/
terça-feira, 30 de abril de 2013
PARÓDIAS
Hoje viemos falar um pouco do que estávamos estudando na última semana na disciplina de Língua Portuguesa, que são as Paródias.
Paródia nada mais é do que uma reprodução de uma obra já existente, que dá um novo sentido, um novo olhar para esta obra. Muitas vezes ela é cômica, podendo até ser radical neste sentido, mas seu principal objetivo é fazer crítica/representação a fatos da sociedade, acontecimentos etc., e não deixa de ser uma forma de expressão, feita de opiniões. Ela pode ser feita com base numa pintura, numa música, num texto, poema, vídeo, uma notícia, uma história... Mas é preciso que estes sejam bem conhecidos, para que a paródia tenha mais repercussão.
Fizemos uma paródia de uma poesia bem conhecida, a "Canção do Exílio" a respeito de nossa cidade, Florianópolis. Na verdade, a Grande Florianópolis.
Maria Luiza Pires."Contradição do exílioMinha terra tem areia, sol e marOnde se encantam com extrema belezaDas marés a subir e baixar...
As tainhas que aqui se pescam
Não são tão lindas como lá.Nosso céu tem mais estrelas,
Nosso verão mais turistas
Nossas festas são mais badaladasDe nossa janela há mais vistas.Em cismar, sozinho, à noite,Menos verde encontro eu cá;Em certo ponto estou mentindoSabe quem já foi á Beira-mar
E por isso o turismo cresce tantoA tecnologia, a indústria, comércio e serviçosVão subindo pelos barrancosA cidade cresce juntoAs praias vão lotandoAs construções vão se expandindoE para onde foi a restinga para o qual estava olhando?Mas não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute das anchovas
Que não encontro por cá;
Sem que eu ande muito mais que tranqüiloPela beira-mar continental
Sem que eu veja Palhoça crescerE Biguaçu ser sem igual."
Cômica, porém realista. Claro, na nossa opinião.
Vimos paródias de quadros famosos, como o de "Mona Lisa", de Leonardo Da Vinci Escolhemos algumas pra mostrar.



Enfim, esses são só alguns exemplos de Paródias. Muitas vezes elas ficam até mais interessante do que as próprias obras originais, não é verdade?
terça-feira, 16 de abril de 2013
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