Sobre o Grupo:

Nós, alunos do 2° ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação, estamos aqui para apresentar e divulgar nossas produções textuais e artisticas realizadas nas aulas de Língua Portuguesa com a professora Rachel neste ano de 2013, como se fosse um portfólio da disciplina num blog. Além de informações, bastante entretenimento. Agora, podem desfrutar das obras-primas.

terça-feira, 28 de maio de 2013

O leito das folhas verdes - Gonçalves Dias.

Durante a aula de português, foram feitos vários grupos, cada um com seu poema. Nisto deveríamos fazer um vídeo romântico em relação ao poema recebido. Contendo imagens ou filmagens românticas. O grupo de Luiza Estefano e Sofia escolheu este tema: O leito das folhas verde - Gonçalves Dias.


Link do video: http://www.youtube.com/watch?v=cyCwVEELGOw&feature=youtu.be
(Ocorreu um erro ao colocar o video neste site, por isso este link).


Por que tardas, Jatir, que tanto a custo 
À voz do meu amor moves teus passos? 
Da noite a viração, movendo as folhas, 
Já nos cimos do bosque rumoreja.
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d'alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazóia na cinta me apertaram.
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes 
À voz do meu amor, que em vão te chama! 
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil 
A brisa da manhã sacuda as folhas!

Folhetim


Você sabe o que é o folhetim? Este foi um dos assuntos na qual trabalhamos em sala, onde fizemos um trabalho com várias perguntas a respeito. Vamos conhecer melhor sobre?



De origem francesa, o folhetim foi trazido para o Brasil em meados do século XIX e eram periódicos que apareciam em jornais destinados à corte. Os assuntos abordados eram inúmeros, focando na condição do ser humano. A partir desta temática, as ambientações e as tramas criadas eram as mais variadas, conquistando o público leitor. O folhetim (do francês feuilleton, folha de livro) é uma narrativa literária, seriada dentro dos gêneros prosa de ficção e romance. Possui duas características essenciais: quanto ao formato, é publicada de forma parcial e sequenciada em periódicos (jornais e revistas); quanto ao conteúdo, apresenta narrativa ágil, profusão de eventos e ganchos intencionalmente voltados para prender a atenção do leitor.
 Tamanho foi o sucesso de leitura entre a população, que as pessoas desfavorecidas socialmente interessaram-se pelo folhetim e seu de leite, o que contribuiu para uma "nova identidade nacional urbana".  Sendo que as influências européias - onde nasceu o gênero em questão - chegaram também a este grupo social.
Como o jornal no Brasil surge em meio ao espírito romântico, a crônica desde sua origem ganha um acento lírico em sua composição. Em meio às paixões políticas da época, havia também, no interior dos jornais, o objetivo do entretenimento. Destinava-se à crônica essa função, de modo que fosse possível informar os fatos semanais ao público de forma suave e prazerosa. 

BIBLIOGRAFIA
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 900 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34066/definicao-de-folhetim-e-de-folhetinista#ixzz2QGCvDra2





domingo, 19 de maio de 2013

RUA DOS OURIVES - RIO DE JANEIRO

Hoje viemos falar um pouco sobre uma rua um tanto famosa do Rio de Janeiro chamada "Rua dos Ourives". Na verdade, um tanto famosa  nos romances de José de Alencar, nos quais já comentamos aqui que lemos dois deles ("5 minutos" e "A viuvinha"), pois suas histórias se passam na cidade do Rio de Janeiro, dentre outros contos do autor, que, como já sabemos, vangloriava bastante a cidade e o Brasil.


[2-AvRioBco-1920.jpg]
Rua dos Ourives

Como a rua ia desde a Igreja de Nª.Sª. do Parto (no final da Rua São José) até o morro da Conceição, ficou sendo, desde o séc. XVII, o Caminho do Parto para Conceição. Cortava, de modo oblíquo, as ruas perpendiculares ao litoral, quase como uma continuação da rua da Ajuda. Com o passar do tempo, nela começaram a instalar-se as oficinas dos lapidários e joalheiros, sempre olhados com desconfiança pelas autoridades, por suspeitarem da existência, entre eles, de receptadores do ouro sonegado à vigilância do Fisco nas Minas Gerais. Houve tempo em que foi proibida a profissão de ourives de obras de ouro. Somente depois da chegada de D.João foi a profissão exercida às claras.

Quando da abertura da Av. Central (hoje Rio Branco), foi ela dividida em dois pedaços que ficaram bastante distanciados um do outro. Ao pedaço menor, entre a São José e a Sete de Setembro, foi dado o nome de Rodrigo Silva, permanecendo o trecho maior, entre a Rua do Ouvidor e o Largo de Santa Rita, com a designação de Rua dos Ourives até que, em 1936, teve seu nome alterado para Miguel Couto por nela ter tido consultório o conceituado médico.

Rua Miguel Couto (antiga Rua dos Ourives)

"Carlos dobrou a Rua dos Ourives e dirigiu-se á casa. Morava em um pequeno sótão de segundo andar no fim da Rua da Misericórdia." Trecho de "A viuvinha". 

FONTE: Disponível em: http://rio-curioso.blogspot.com.br/2008/04/c-omo-ia-desde-igreja-de-n.html


segunda-feira, 6 de maio de 2013

José de Alencar e o Romantismo

José Martiniano de Alencar Júnior foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro. Iniciou sua carreira literária em 1856, com a publicação do romance "Cinco Minutos", em folhetins. A publicação de "O guarani" rendeu ao romancista grande sucesso e tornou seu nome nacionalmente conhecido. Nascido no dia 1° de maio de 1829, na pequena cidade de Mecejana, no Ceará, passou a maior parte da adolescência na Bahia, formando-se em Direito e atuando como jornalista no Rio de Janeiro. 
A característica principal desse escritor é o nacionalismo fundado em suas obras, nas quais evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileira, com tramas especialmente bem -sucedidas, cheios de de mitos brasileiros, lendas, tradições, costumes do país entre outros. 
Famoso a ponto de ser aclamado por Machado de Assis de "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos, em 1877, no Rio de Janeiro, deixando seis filhos. Um deles, Mário de Alencar, seguiu a carreira de letras do pai. 
Nos romances urbanos de José de Alencar, podemos citar "Cincos Minutos" e "A viuvinha", romances nos quais nossa turma está lendo nas aulas de Língua Portuguesa, por estarmos estudando o Romantismo. Começamos a ler o livro (que contem os dois romances) em sala e terminamos em casa para fazermos uma avaliação sobre ele. 
Por fim, a postagem de hoje foi basicamente uma breve biografia do autor dos dois romances que lemos, no qual contribuiu muito na formação do Romance Brasileiro, na própria literatura do país e na história dele como um todo, não só com seus romances, mas também com peças teatrais, uma crônica e críticas e polêmicas que sempre lutavam pela manutenção do regime monárquico e da escravatura. Um homem bem estudado que, com suas obras, podemos compreender o que é o verdadeiro romance brasileiro.

                                                  

Fonte: DE ALENCAR, José. Cinco Minutos e A viuvinha. São Paulo: Editora Escala. 

Disponível em: http://www.suapesquisa.com/josedealencar/

Quem foi José de Alencar?